quarta-feira, 4 de abril de 2012

MAURITÂNIA, A CORES OU TALVEZ NÃO

Da África setentrional falta-me a Mauritânia. Tive um colega mauritano nos tempos de Faculdade, Sow Daouda, cujas coordenadas perdi há muito. Almoçávamos muitas vezes na cantina velha da universidade e eu era convidado regular para festas numa quinta, algures no Murganhal. A Mauritânia do Daouda ficava mais a sul, perto do Senegal, e a elite arabófona nada lhe dizia. Ainda assim, e embora ele pouco me tivesse falado de Nouakchott, tenho essa curiosidade e essa lacuna geográfica.

Mauretanie é o título de uma fotografia de Viviane Sassen, embora eu tenha dúvidas quanto ao local preciso da imagem. O que é justificado pelo título, Ayuel, do retrato de baixo. Entre ambas está uma fotografia de José António Carrera, feita na noite de Nouakchott.

Um dos projetos de Viviane Sassen abre com um texto de Moses Isegawa:

Some people think I'm untrustworthy because I don't look straight at them.
That is perception for you. What we think of others is never the whole truth, for so much is hidden and we end up seeing what we what to see.

Para onde olhamos e o que queremos ver?, interroga-se Aaron Schuman a propósito de Viviane Sassen, no último número da Aperture.

Site da fotógrafa: http://www.vivianesassen.com/
Site da revista: http://www.aperture.org/

1 comentário:

  1. Tenho uma amiga que se chama Mauritânia. Quanto as fotos são lindas, essas e as outras. Também acho que o que pensamos sobre os outros nunca é toda a verdade sendo essa a causa de tantos preconceitos.É preciso olhar para ver, simplesmente.

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