Aproxima-se do fim o moroso e complexo processo de reabilitação da torre do relógio do Castelo de Moura. Afetada por um temporal (salvo erro em 1984), ficou desde então sem relógio. Mas o torreão que modernamente foi construído e que coroa a torre quinhentista faz já parte do perfil da cidade. Pelo que se mantém.
Ontem foi dia de passar pelo castelo para uma avaliação do tipo de caiação a fazer. Será em tons de amarelo, como sempre foi. Discutiu-se a paleta de tons e optou-se por um deles. Mantenho o que em tempos (1993, creio) disse: fazer-se uma caiação de modo casuístico e só para pintalgar uma torre não tem sentido. Dar cor a uma torre só no âmbito de um projeto de recuperação. É o que se está a fazer. Desde 2003. Com a lentidão a que a falta de recursos financeiros nos obriga. Continuaremos. Com pouco dinheiro mas sem desmotivação.
Um amigo dizia-me, ontem à noite, que a Câmara tem de optar e que não pode fazer tudo. A opção é esta: fazer tudo o que é necessário. No tempo em for possível.
Já agora, e antes que apareça algum daqueles especialistas de-vão-de-escada em património: não, a torre não vai ficar assim aos quadradinhos...
Achei curioso o ensaio de cores feito pela empresa construtora sobre a parede branca do tardoz. É algo assim a meio caminho entre o construtivismo de Malevich e o abstracionismo geométrico do grupo De Stijl, aqui representado por uma tela de Vantongerloo.
Castelo de Moura
Malevich - Eight rectangles (1915)
Vantongerloo - Composition (1917/18)
Off-the-Record: e o torre vai ficar pintada aos quadradinhos?
ResponderEliminarFica a faltar o Relógio!
ResponderEliminarPeter
Caro Peter
ResponderEliminarFicará a faltar ou não. Esse é outro tipo de avaliação, a fazer depois.
Que implica outros custos.