Não fazia frio nem chovia. Mas o céu estava cinzento e havia pouca luz. E nas ruas havia pouca gente ("estão todos a trabalhar", comentou uma amiga minha, dando, insconscientemente, razão ao velho mito trabalho a norte/lassidão a sul). Podia ter visto o Städel - Städelsches Kunstinstitut und Städtische Galerie é o nome oficial... - depois da conferência, mas optei por fazê-lo durante a tarde. Que estava, não sei se já o disse, sem chuva e sem frio, mas muito cinzenta e pouco luminosa.
O Städel é um dos grandes museus da Alemanha. Ou, mesmo, do mundo. O que ver? Ou o que reter? Fiel a um velho hábito centrei-me num tema. Neste caso nos expressionistas, por causa de Max Beckmann e, sobretudo, de Ernst Ludwig Kirchner. Que tem, no Städel, uma nutrida representação. Os nazis esfregaram as mãos de contentes. "Arte degenerada" era coisa que ali não faltava...
Velhos filmes, e nunca esquecidos, como O gabinete do Dr. Caligari (1920), de Robert Wiene, e Varieté (1925), de Ewald André Dupont, são evocados em cada perspetiva e em cada pincelada. Também a esses o nazismo não perdoou.
Max Beckmann: A sinagoga
Site do Städel: http://www.staedelmuseum.de/sm/
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