Amanhã arranca a Planície Mediterrânica, em Castro Verde. É o Festival Sete Sóis Sete Luas, que já vai na vigésima edição.
Fui surpreendido por um telefonema do Carlos Pedro. Que sabia que havia fotografias minhas da Síria e que as queria expôr em conjunto com as do Rui Tremoceiro e do Pedro Barros. Por mim não havia problema, eu não sabia é se eles consentiam que as minha tentativas ficassem ao lado dos trabalhos deles. Eles consentiram. Vai daí tive de esvaziar as paredes do gabinete, na Câmara de Moura e mais algumas de casas de familiares (que foram, em tempos, flagelados com a oferta de fotografias). A Síria em três ollhares estará patente ao público durante o festival. Que vai de 14 a 16 de setembro. Mesmo em cima da feira de Moura, grande pontaria...
Programa completo da Planície Mediterrânica em:
De ocidente para oriente, e vice-versa. Da Síria para Santarém. Das palavras de Ibn Sara para Levante. A tradução é de um grande poeta, António Borges Coelho.
O zéfiro e a chuva
Se buscas remédio no sopro do vento
sabe que em suas baforadas há perfume e almíscar.
Vêm a ti carregadas de aromas como mensageiros
com saudações da amada.
O ar prova os trajes das nuvens, escolhe
um manto negro.
Uma nuvem carregada de chuva faz sinais
ao jardim saudando-o
e logo chora enquanto as flores riem.
A terra dá pressa à nuvem para que lhe acabe o manto
e a nuvem com uma das mãos tece os fios da chuva
enquanto com a outra borda flores de enfeitar.
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