Perguntara-me já vezes sem fim
se os deuses decidiam o meu destino
ou se era eu, com menos ou mais tino,
que livre escolhia entre não e sim.
Esse vento ora doce ora ruim
que me assoprava assim tão sibilino
tornava turvo o que era claro e fino,
fado estranho com que me desavim.
Devo remar então contra a corrente
ou, vencido, deixar-me ir rio abaixo?
Pergunto-lhes sem que nenhum sinal
me traga luz assim suficiente.
Sozinho, e entre altivo e cabisbaixo,
continuo meu caminho sem igual.
que me assoprava assim tão sibilino
tornava turvo o que era claro e fino,
fado estranho com que me desavim.
Devo remar então contra a corrente
ou, vencido, deixar-me ir rio abaixo?
Pergunto-lhes sem que nenhum sinal
me traga luz assim suficiente.
Sozinho, e entre altivo e cabisbaixo,
continuo meu caminho sem igual.
O Bagdad Café não é só o do filme. Há outro, no deserto da Síria, na estrada que leva ao oásis de Palmyra. O post do dia teve como inspiração a ideia do destino, a partir de um soneto de Francisco Caramelo. Que é especialista no Oriente Antigo e tem projetos de investigação na Síria. Isto anda tudo ligado.
Tendo em conta a minha incapacidade em escrever poesia, fiquei verde de inveja quando o Francisco, no meio da aridez das avaliações da FCT, me disse que gostava de escrever sonetos. Muito bonitos, refira-se. Podem procurá-los no facebook escrevendo "o mito é o nada que é tudo".
Eheheh.. Não acho que seja necessário ficar verde...O soneto do seu colega (sem duvida excelente pessoa) absolutamente "sucks" :)
ResponderEliminarSem maldade :)
Lefrontier