Há na manhã de Hydra uma claridade que é tua
Há nas coisas de Hydra uma concisão visual que é tua
Há nas coisas de Hydra a nitidez que penetra aquilo que é olhado por um deus
Aquilo que o olhar de um deus tornou impetuosamente presente -
Na manhã de Hydra
No café da praça em frente ao cais vi sobre as mesas
Uma disponibilidade transparente e nua
Que te pertence
O teu destino deveria ter passado neste porto
Onde tudo se torna impessoal e livre
Onde tudo é divino como convém ao real
Hydra, Julho de 1970
Há nas coisas de Hydra uma concisão visual que é tua
Há nas coisas de Hydra a nitidez que penetra aquilo que é olhado por um deus
Aquilo que o olhar de um deus tornou impetuosamente presente -
Na manhã de Hydra
No café da praça em frente ao cais vi sobre as mesas
Uma disponibilidade transparente e nua
Que te pertence
O teu destino deveria ter passado neste porto
Onde tudo se torna impessoal e livre
Onde tudo é divino como convém ao real
Hydra, Julho de 1970
A recordação de Hydra trouxe-me ao poema de Sophia, que li, há anos, naquele mesmo café. Mais se tornou importante em frente às telas de Hopper, que andam à volta da luz e das várias tonalidades da luz. Autores como Hopper são uma ajuda decisiva para os amadores de fotografia, como eu. A sua luz é cinema e teatro ao mesmo tempo. A desolação urbana remete para uma dramatização que é familiar aos planos de tantos filmes. Não é por acaso que a exposição abre com uma fotografia de Wim Wenders. E que perto do fim há uma importante sequência de imagens de Philip-Lorca di Corcia. Que já por aqui passou.
Este quadro, Sun in an empty room, é do ano em que nasci. Escolhi-o porque uma amiga minha diz, sempre, que só fotografo sombras. Ao menos, estou bem acompanhado.
Hopper está no Grand Palais, em Paris, até 3 de fevereiro.
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