Proibir costuma ser uma ótima propaganda. Com frequência, é também uma distinção. No início da semana, o DN publicou um trabalho sobre os livros proibidos pelo OPUS DEI. Nos vinte portugueses castigados com a punição máxima (C3: a obra é incompatível com a doutrina católica) havia apenas um ensaio. Qual? "A Revolução de 1383", de António Borges Coelho. Não resisti a telefonar ao Borges Coelho. Que me atendeu com um par de gargalhadas e me confessou sentir-se honradíssimo. Pessoas como ele têm a característica única de nunca perderem a calma nem a bonomia. Sempre conheci o Borges Coelho assim, paciente e com insuperável classe.
O Opus Dei não gosta do livro sobre a revolução? É porque os censores não leram as poucas-vergonhas que há nas páginas sobre a Inquisição de Évora. Teriam de arranjar uma categoria extra...
Eu não me preocupava muito com essas coisas. Acho que nem a Igreja em geral, nem a Opus Dei em particular se preocupam com o facto de os Media não gostarem dessas instituições. E de resto, uns lavam as mãos dos outros, é tudo uma questão de consumismo: a Lídia Jorge lá vai ter um pico de vendas e o Diário de Notícia teve tiragem suplementar. Os parvos, naturalmente, são os leitores.
ResponderEliminarJá agora porque não copiar os processos de mourenses vítimas da inquisição de Évora e deixá-los na biblioteca municipal à disposição dos leitores;dupla homenagem a toda essa gente que sofreu e,ao mesmo tempo, um contributo para não deixar apagar a memória.
ResponderEliminarJá agora porque não copiar os processos de mourenses vítimas da inquisição de Évora e deixá-los na biblioteca municipal à disposição dos leitores;dupla homenagem a toda essa gente que sofreu e,ao mesmo tempo, um contributo para não deixar apagar a memória.
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