Laboratório da Lógica EM, SA entra no mercado mundial de certificação de módulos
fotovoltaicos
O IPAC, Instituto Português de Acreditação,
concedeu no passado dia 28 de Dezembro, ao Laboratório Fotovoltaico da Lógica,
Sociedade Gestora do Parque Tecnológico de Moura, EM SA, a acreditação
para todos os ensaios constantes das normas IEC/ISO EN NP 61215:2005 e IEC/ISO
EN NP 61646:2008. Esta acreditação vem permitir ao Laboratório Fotovoltaico da
Lógica a realização de ensaios de certificação de módulos fotovoltaicos nas
tecnologias de silício cristalino e de filme fino, permitindo-lhe passar a
operar no mercado mundial de certificação de módulos fotovoltaicos.
O Laboratório, instalado em Moura e equipado
ao mais alto nível da tecnologia disponível para a realização de todo o tipo de
ensaios no domínio do estudo da energia solar fotovoltaica, é o primeiro
laboratório do país especializado no estudo desta forma de energia e o único
laboratório português acreditado para o efeito.
(da nota de imprensa da Câmara Municipal de Moura)
Não é necessário acrescentar muito. A LÓGICA é uma peça essencial na estratégia do Município de Moura. Tal como a Escola Profissional, tal como a Herdade da Contenda. O poema de Mário de Sá-Carneiro diz um pouco mais de sol — eu era brasa. O poema intitula-se Quase. Este processo foi quase? Não. Foi mais que isso. Ficou-se aquém? Ao contrário. Foi-se além. No início ouviram-se muitos arautos da desgraça e muitos profetas da desventura. Felizmente estavam errados.
QUASE
Um pouco mais de sol — eu era brasa.
Um pouco mais de azul — eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
Assombro ou paz? Em vão... Tudo esvaído
Num baixo mar enganador d'espuma;
E o grande sonho despertado em bruma,
O grande sonho — ó dor! — quase vivido...
Quase o amor, quase o triunfo e a chama,
Quase o princípio e o fim — quase a expansão...
Mas na minh'alma tudo se derrama...
Entanto nada foi só ilusão!
De tudo houve um começo... e tudo errou...
— Ai a dor de ser-quase, dor sem fim... —
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,
Asa que se elançou mas não voou...
Momentos de alma que desbaratei...
Templos aonde nunca pus um altar...
Rios que perdi sem os levar ao mar...
Ânsias que foram mas que não fixei...
Se me vagueio, encontro só indícios...
Ogivas para o sol — vejo-as cerradas;
E mãos de herói, sem fé, acobardadas,
Puseram grades sobre os precipícios...
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi...
Um pouco mais de sol — e fora brasa,
Um pouco mais de azul — e fora além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
(Paris, 13 de maio de 1913)
Um pouco mais de sol — eu era brasa.
Um pouco mais de azul — eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
Assombro ou paz? Em vão... Tudo esvaído
Num baixo mar enganador d'espuma;
E o grande sonho despertado em bruma,
O grande sonho — ó dor! — quase vivido...
Quase o amor, quase o triunfo e a chama,
Quase o princípio e o fim — quase a expansão...
Mas na minh'alma tudo se derrama...
Entanto nada foi só ilusão!
De tudo houve um começo... e tudo errou...
— Ai a dor de ser-quase, dor sem fim... —
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,
Asa que se elançou mas não voou...
Momentos de alma que desbaratei...
Templos aonde nunca pus um altar...
Rios que perdi sem os levar ao mar...
Ânsias que foram mas que não fixei...
Se me vagueio, encontro só indícios...
Ogivas para o sol — vejo-as cerradas;
E mãos de herói, sem fé, acobardadas,
Puseram grades sobre os precipícios...
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi...
Um pouco mais de sol — e fora brasa,
Um pouco mais de azul — e fora além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
(Paris, 13 de maio de 1913)
SM, temos que felicitar o Governo por mais esta vitoria!!
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