"Se Almeida Garrett fosse vivo faria hoje 200 anos". Ouvi esta frase espantosa e inesquecível na rádio portuguesa, no dia 4 de fevereiro de 1999. Vinha a conduzir para Mértola. São estas coisas que causam acidentes de viação.
Não sei se a Rádio Nacional de Espanha começou assim o noticiário, a propósito dos 150 anos do nascimento de Joaquín Sorolla. Espero bem que não...
Em todo o caso, em homenagem a Sorolla, à sua mujer desnuda e à poesia de Maria Teresa Horta, aqui vai...
As nádegas
Porque das nádegas
a curva
sempre oferece
a fenda
o rio
o fundo do buraco
Para esconso uso do corpo
nunca o fraco
poder do corpo em torno desse vaso
Ambiguo modo
de ser usado
e visto
De todo o corpo
aquele
menos dado
preso que está já
do próprio vicio
e mais não é que o limiar de um acto
a curva
sempre oferece
a fenda
o rio
o fundo do buraco
Para esconso uso do corpo
nunca o fraco
poder do corpo em torno desse vaso
Ambiguo modo
de ser usado
e visto
De todo o corpo
aquele
menos dado
preso que está já
do próprio vicio
e mais não é que o limiar de um acto
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