no mar de arzila
namorei
teus olhos
no mar de arzila
uma voz antiga
tangia
a claridade
dobava o musgo
das pedras
adormecendo
no mar de arzila
havia o meu canto
recluso
do teu canto
gaivota gaivota
e nas praças
o tempo
renascera
no mar de arzila
namorei
teus olhos
no mar de arzila
O poema de José Manuel Mendes surge, aqui, pela segunda vez. A primeira foi em 14 de março de 2009. Escrevi então É fácil
lembrarmo-nos do Mar de Arzila e dos olhos que vimos junto ao Mar de
Arzila. E dos olhos que, às vezes, namoramos. O olhar desta mulher -
amanhã direi quem é - ilustra bem esse cruzar de olhares. E a atracção
pelo desconhecido. Quatro anos depois escreveria o mesmo. Ao passar por Arzila, ao longo da muralha, e até chegar ao marabout de Krikia, pensei que não me importaria de viver naquela cidade durante algum tempo. Ou, até, mais do que isso.
muito bonito
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