no obscuro desejo,
no incerto silêncio,
nos vagares repetidos,
na súbita canção
que nasce como a sombra
do dia agonizante,
quando empalidece
o exterior das coisas,
e quando não se sabe
se por dentro adormecem
ou vacilam, e quando
se prefere não chegar
a sabê-lo, a não ser,
pressentindo-as, ainda
um momento, na aresta
indizível do lusco-fusco.
no incerto silêncio,
nos vagares repetidos,
na súbita canção
que nasce como a sombra
do dia agonizante,
quando empalidece
o exterior das coisas,
e quando não se sabe
se por dentro adormecem
ou vacilam, e quando
se prefere não chegar
a sabê-lo, a não ser,
pressentindo-as, ainda
um momento, na aresta
indizível do lusco-fusco.
Arte maior em vários tons. O poema é de Vasco Graça Moura. As imagens são um jogo de espelhos. Tal como as palavras. Entre a tela de Ary Scheffer e a fotografia de Nan Goldin. A inspiração no classicismo - ainda que Scheffer se inspire num tema do séc. XIII - é a fonte primeira da fotografia. Muitos fotógrafos andaram por estes caminhos. Mapplethorpe foi um dos melhores. Goldin não lhe fica atrás.
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