terça-feira, 18 de junho de 2013

OLHANDO AS TÁGIDES E VENDO SAFARA, AMARELEJA E MOURA...


E vós, Tágides minhas, pois criado
Tendes em mim um novo engenho ardente,
Se sempre em verso humilde celebrado
Foi de mim vosso rio alegremente,
Dai-me agora um som alto e sublimado,
Um estilo grandíloquo e corrente,
Porque de vossas águas, Febo ordene
Que não tenham inveja às de Hipocrene.
 
 Dai-me uma fúria grande e sonorosa,
E não de agreste avena ou frauta ruda,
Mas de tuba canora e belicosa,
Que o peito acende e a cor ao gesto muda;
Dai-me igual canto aos feitos da famosa
Gente vossa, que a Marte tanto ajuda;
Que se espalhe e se cante no universo,
Se tão sublime preço cabe em verso.

Foi assim, embalado pelas Tágides, que no ambiente sedutor da Casa da Cerca me passeei pelo percurso de Victor Mestre, arquiteto e amigo de longa data. A exposição ao (per)correr (d)a vida é um longo périplo pelos projetos mas, sobretudo, pela construção do conhecimento do próprio Victor. O concelho de Moura está por lá: Biblioteca Municipal, Igreja do Convento do Espírito Santo, Pavilhão das Cancelinhas (Amareleja) e uma obra particular, em Safara (v. desenho em baixo).

Melhor que falar da exposição é visitá-la. Ainda não há catálogo, que sairá em breve.

As tágides estão em permanência na paisagem. A exposição pode ser visitada até 15 de setembro.

ver: http://www.m-almada.pt/portal/page/portal/CASA_CERCA

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