O primeiro filme que vi fora de horas foi o Patton. O melhor de tudo era o ator, George C. Scott. O argumento, de um certo Francis Ford Coppola, também tinha interesse. Patton/Scott era um militarão com piada e fazia um sorriso à malandro, assim de lado. Eu tinha 10 anos e levei uns dias a tentar, sem sucesso, sorrir de lado, à malandro. Como o Patton. A Júlia perguntou-me se me doía algum dente e eu desisti.
Ontem, um amigo mandou-me uma imagem do cartaz da campanha de Manuel Pizarro à Câmara do Porto e fiquei lixado. Então não é que o fulano consegue fazer aquele sorriso à malandro, que eu tanto invejava?
Quase tão bom como o sorriso é o jogo de palavras:
PORTO DO Manuel Pizarro
POR Manuel Pizarro
Ou, um pouco pior e um tanto Quim Barreiros,
PÔR TODO Manuel Pizarro
Em termos de comunicação, as autárquicas prometem.
Pois caríssimo, este senhor é tudo menos malandro. Conheci-o em criança, quando o Dr. Pizarro ainda estudante de medecina, dedicava todo o tempo que lhe restava a actividades cívicas. Fundou uma assoçiação de jovens junto dos Bairros Sociais mais problemáticos do Porto, tirou crianças da rua, deu-lhes banda desenha, jogos didáticos e computadores ( foi com ele que tive o meu primeiro contacto com computadores). Vi o Dr. Pizarro a ir tocar à porta de pais que usavam os filhos como distribuidores de rua. Vi o Dr. Pizarro a batalhar por ajudar para permitir as primeiras férias dessas crianças ( no Gerês). E tinha muito mais a dizer mas não me chegava tempo. Essa campanha que realmente é pobre, foi por opção do Dr. Pizarro que "sente vergonha de gastar dinheiro com os problemas que a cidade vive, principalmente a fome, pois a fila para a sopa dos pobres triplicou neste último ano. Espero ter conseguido passar a mensagem que queria. Não sou partidária, sou uma adulta de sucesso e graças ao que em criança me foi proporcionado pelo do Dr. Pizarro e é esta a forma que encontrei de retribuir.Obg Patrícia
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