Dizia eu, na brincadeira, a uma amiga que "nem no CCB conseguem abrir três exposições no espaço de uma hora". Primeiro foram as aguarelas de João Catarrunas, no antigo Café Cantinho; depois as esculturas de António Esperança, no espaço INOVINTER; finalmente, as fotografias de Francisco Pinto Moreira, na sede de campanha da CDU.
São três mourenses, de diferentes gerações e com percursos que nada têm de comum entre si. O João (23 anos) é um jovem estudante de arquitetura; o António (46) é um autodidata, discreto e silencioso, sem percurso de aprendizagem formal; o Francisco (60) chegou tardiamente, mas ainda muito a tempo, à fotografia de natureza.
"Na tua terra não sossegam?", perguntava-me há semanas uma colega espanhola, espantada com o ritmo de festas, celebrações, iniciativas diversas, exposições, representações teatrais, gravações de músicas etc. Disse-lhe que não. E que justamente uma das coisas interessantes neste concelho é a capacidade com que as pessoas, autonomamente, se organizam e promovem coisas.
Pintura, escultura e fotografia. Assim de uma assentada.
Aguarela de João Catarrunas
Escultura de António Esperança
Fotografias de Pinto Moreira
"sem percurso de aprendizagem formal"
ResponderEliminarEsta frases assassina só é utilizada por alguém com uma visão da cultura restrita e fundamentalmente literária, onde a imagem ou as imagens são relegadas para 2º plano ou a "acompanhar" os textos.O que nem é o caso do autor do blogue tendo em conta a sua aprendizagem formal. O termo autodidacta,é, como o autor do blogue bem sabe, depreciativo nas artes plásticas. Não é costume apelidar de autodidacta os escritores Ferreira de Castro, António Boto, Agustina Bessa Luís,José Saramago, Manuel da Fonseca e muitos muitos outros.Sem ser no restrito "ofício da escrita" porquê tb. chamar autodidacta a um homem como Túlio Espanca? Continuação de bom trabalho,boa campanha e melhores resultados.
Um abraço
Francisco Perfeito Caetano
Caro Amigo
ResponderEliminarNão me revejo naquele assassinato... Pelo contrário, a ausência de aprendizagem formal no domínio das Artes (do António Esperança e do Pinto Moreira) só faz aumentar a minha admiração. Tivesse eu aprendizagem formal e não conseguiria o que eles fazem.
Um abraço
Santiago Macias