Penélope
Desfaço durante a noite o meu caminho.
Tudo quanto teci não é verdade,
Mas tempo, para ocupar o tempo morto,
E cada dia me afasto e cada noite me aproximo.
Tudo quanto teci não é verdade,
Mas tempo, para ocupar o tempo morto,
E cada dia me afasto e cada noite me aproximo.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Quase no final do ano recuperou-se, nas reservas de arqueologia, uma peça desconhecida. Uma placa, de inequívoco uso litúrgico. No castelo de Moura houve, há 1500 anos, uma igreja. Talvez fosse essa a Ecclesia Santa Maria Lacaltensis. Assim quase se acaba o ano. Fazendo e desfazendo. Entre o passado, a arqueologia, sonhos, desejos e projetos. Ao jeito de Penélope.
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