domingo, 21 de setembro de 2014

UMA CIDADE E O SEU MUSEU: 4/20 - BRUXELAS

Pode uma cidade onde só estivemos um único dia marcar-nos de forma decisiva? Pode. Aconteceu-me com Bruxelas. Fui a Bruxelas porque havia um mouvement social na Biblioteca Nacional, em Paris. Um mouvement social não é bem uma greve, aproximando-se mais do plenário de trabalhadores. Esta particularidade do mundo laboral gaulês vai dar mais ou menos ao mesmo: empanca tudo.

Portanto, aí vou eu, no Thalys, a caminho de Bruxelas. Não faço ideia, mas não faço mesmo, porque me terei encaminhado para o Musée du Cinquantenaire, que nem sequer é dos sítios mais conhecidos ou citados. Foi um momento de revelação. Ao entrar na Sala de Apameia fiquei paralisado. A magnificência do Oriente mal cabia na vastidão da nave. Naquele momento pensei, sem programa, "tenho de arranjar maneira de ir a Apameia". Fui à Síria, dois anos mais tarde. Lembrei-me de Bruxelas, no fim da tarde de Apameia, bem perto do Oronte. Uma viagem irrepetível, a todos os títulos. E que me marcou, do ponto de vista pessoal e no meu percurso de investigação.



Site do museu:
http://www.kmkg-mrah.be/fr/bienvenue-au-mus%C3%A9e-du-cinquantenaire

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