O passado persegue-me. Literalmente. Uma exposição preparada pelo meu colega e amigo Virgílio Lopes e por mim em finais de 2010 (!) é agora reinaugurada. Eis, de novo, ARQUITECTURA DE MÉRTOLA ENTRE ROMA E O ISLÃO. Agora no salão nobre da Assembleia da República. Dia 16, às 14h 30. Lá estarei, bem entendido.
Esta parte da minha vida, que continua presente, está também ligada a uma parte do meu percurso em Moura. Período importante da evolução histórica do sul, a Antiguidade Tardia é tudo menos evidente. Há cerca de dez anos escrevi, algures, isto:
Imagine-se um cenário teatral, onde decorre uma acção e sobre o qual a
luz dos projectores incide apenas a espaços. A maior parte do enredo
desenrola-se na penumbra e ouvem-se algumas vozes, nem sempre perceptíveis. No
final somos obrigados a tentar reconstituir o conjunto da narrativa, apesar dos
dados serem insuficientes e de não termos conseguido visualizar a maior parte
das coisas que aconteceram. A história
do território de Beja e a de Mértola e do seu termo na Idade Média correspondem
bem a este cenário.
Continuo a ter a mesma perspetiva.
Mértola é uma referência no panorama nacional, porquanto conseguiu, desde cedo, identificar e valorizar o seu Património, tanto do ponto de vista científico, como cultural e turístico. Conseguiu suster o despovoamento e os mentores desta estratégia trouxeram o desenvolvimento para a região - Cláudio Torres e, depois, Santiago Macias e uma grande coesa equipa. Parabéns por mais um interessante iniciativa.
ResponderEliminarAHP - Aldeias Históricas de Portugal