terça-feira, 6 de janeiro de 2015

A ANGÚSTIA DE UMA ALMA

O filme tem um desenvolvimento que hoje nos parece trôpego. Mas este So long at the fair (a tradução portuguesa é poética, como líricos são todos os títulos portugueses de filmes estrangeiros) tem uma base invulgar: dois irão chegam a Paris para uma feira internacional e um deles desaparece, sem deixar rasto. A ideia de um desaparecimento parisiense e inexplicável seria retomada em Frantic, de Roman Polanski.

Recordo aqui o filme de Terence Fisher porque foi uma das noites de cinema (RTP 1, às quartas-feiras) que mais traumas me deixou. Vi o filme às escondidas, teria 7 ou 8 anos, e depois arrependi-me... A ideia que se possa desaparecer, sem que se saiba como, no meio de uma multidão, assombrou a minha adolescência. Essas coisas depois passam, felizmente.

A obra de Terence Fisher (um clássico da Hammer Films), rodada em 1950, é a escolha cinéfila da semana, em recordação a tempos que já lá vão.

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