quarta-feira, 2 de setembro de 2015

AVALIAÇÃO CIENTÍFICA EM PORTUGAL

Imagino que devam ter pena de mim e continuam a mandar-me regularmente informações sobre a atividade científica na Pátria. Fico sensibilizado e agradeço, claro.

É um domínio que conheço razoavelmente bem. Fiz parte de unidades de investigação, orientei dissertações, integrei júris, as coisas habituais. Entre 2007 e 2013 integrei os painéis de avaliação de bolsas de doutoramento e pós-doutoramento na Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Razões de ordem política, bem visíveis, fizeram-me quase terminar o meu trabalho nesse domínio. Saí do painel de avaliação em boa hora. O que se tem passado nos últimos dois anos ultrapassa tudo quanto a  mais elementar decência admitiria. A cereja sobre o bolo (nunca percebi este dito, mas ok, é habitual): a minha unidade de investigação passou da classificação de very good (muito bom) para fair (suficiente). Emburrecemos todos de forma súbita...

Um conjunto de cientistas de alta qualidade lidera este processo de esclarecimento e de combate. Quando olho o passado recente, fico com a estranha sensação que muito do que se passa é uma vingança contra o que José Mariano Gago fez neste domínio. E à sua forma de liderar este processo de modernização. Se não é, parece...

Junto a minha voz, e a minha solidariedade, a:

Manuel Heitor
Carlos Fiolhais
Alexandre Quintanilha
Maria Fernanda Rollo
João Sentieiro

Ver - http://www.lnavaliacao.pt



Sempre gostei muito da imagem clássica do "cientista maluco". Qualquer dia, estamos assim, mesmo, mesmo.

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