domingo, 27 de setembro de 2015

EFEITOS DA LUZ, NO SOBRAL DA ADIÇA

Olha que efeito tão engraçado, disse eu.

Que tem de engraçado, perguntou o Vítor?

É uma matrioska. Há uma casa dentro de outra.

Ele olhou para a casa e depois para mim, sem tornar a responder, antes de virar para a Rua do Poço. Fiquei só, no calor da tarde, com a parede, a luz sobralense, e Robert Frost, que tantas vezes me faz sair da noite para o dia.


Acquainted with the Night


I have been one acquainted with the night. 
I have walked out in rain—and back in rain. 
I have outwalked the furthest city light. 

I have looked down the saddest city lane. 
I have passed by the watchman on his beat 
And dropped my eyes, unwilling to explain. 

I have stood still and stopped the sound of feet 
When far away an interrupted cry 
Came over houses from another street, 

But not to call me back or say good-bye; 
And further still at an unearthly height, 
One luminary clock against the sky 

Proclaimed the time was neither wrong nor right. 
I have been one acquainted with the night.

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