Reli hoje o editorial do "Público" do passado dia 8. Tem esta frase extraordinária: "Cameron é um político clássico - decide em conformidade com o que lhe parece ser a vontade da opinião pública".
22 anos depois de ter sido cabeça de lista à Assembleia Municipal de Moura;
12 anos depois de ter integrado a lista para a vereação;
2 anos depois de ter sido eleito presidente da câmara,
Continuo a não saber o que é decidir em conformidade com a vontade da opinião pública...
Ai do que em política não ouve os seus concidadãos.
Ai do que em política decide sozinho e sem ter em conta o mundo à sua volta.
Ai do que em política se julga dono da verdade.
Mas triste também do que faz da governação um eterno plebiscito ou a procura de a todos agradar, sem ter em conta princípios, projetos e desígnios. E a determinação a que isto obriga.
Palavra-chave que me continua a ser cara, ao fim destes 22 anos: Verdade.
A verdade é coisa nua. Como nesta obra do académico francês Jules Joseph Lefebvre (1834-1912). Foi pintada em 1870 e está no Musée d'Orsay.
Bravo! Tem toda a razão. É exactamente o que penso e fico muito contente por haver um político em Portugal, ainda para mais ocupando um lugar de responsabilidade, que chama a atenção para esta questão crucial sobre a representação e a legitimidade política e democrática. Muito obrigado. Um abraço, JHS
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