O Presidente da República invocou, ontem, a beatífica influência dos mercados para justificar a sua opção. O extenso arrazoado de Aníbal Cavaco Silva poderia ter-se resumido a uma declaração de 30 segundos. A opção que tomou é legítima? É. É coerente com a sua prática política? Também. A responsabilidade seguinte é do Parlamento e dos partidos? Sem dúvida. Não se entende, por isso, que o Presidente da República tenha adotado um estilo de conversa-de-café onde, à mistura com opiniões avulsas, se entreteve a derramar ódio e veneno sobre a esquerda.
Voltemos ao início. Agora já não basta a opinião e o voto dos eleitores. Agora temos de ouvir os mercados. Nesse caso, e como diz uma amigo meu, é melhor cotarmos os partidos na bolsa. Mais rápido e sem a inoportuna participação da populaça...
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