Ontem, ao final da tarde, rumei a Serpa. Teve lugar, na Casa do Cante, nova sessão de apresentação do livro É de noite que me invento, de Luís Filipe Maçarico. O Luís teve a gentileza de me convidar a participar, na dupla qualidade de amigo e de antigo professor do mestrado Portugal Islâmico e o Mediterrâneo.
Tendo em conta a extensão dos bonitos poemas do novo livro, aqui deixo outro, mais antigo, e que tem a ver com o dia de hoje e com os dias que passam:
Outro não posso ser
senão este que mede
as horas e olha o tempo,
sabendo do novo sol
depois da chuva
cantando ao vento
após um mar de lua.
Outro não devo ser
senão este que pesa
o verbo e reparte o
silêncio sentindo um
velho verso na espuma
da nova rima.
Outro não quero ser.
senão este que mede
as horas e olha o tempo,
sabendo do novo sol
depois da chuva
cantando ao vento
após um mar de lua.
Outro não devo ser
senão este que pesa
o verbo e reparte o
silêncio sentindo um
velho verso na espuma
da nova rima.
Outro não quero ser.
Da esquerda para a direita: Paulo Lima, o autor do blogue, Ana Isabel Carvalho e Luís Filipe Maçarico.
O Luís sempre a surpreender-nos. Um grande poeta, antropólogo, humanista, um grande amigo de que me orgulho e a quem agradeço o favor de ser meu amigo. Bem haja também por pertencer a este núcleo de gente humana, de gente séria. Obrigada.
ResponderEliminarCéu
Foi fabuloso esse encontro em Serpa. E decisivos, aqueles dias. A vinte e nove de Outubro apresentei o "É de Noite que me Invento", na Casa do Alentejo, e logo a seguir, com o intervalo de um dia, na Casa do Cante. Nessa altura começava a mudança de Alcântara para Almada, cujos preparativos duraram quatro meses. Primeiro metendo a ideia no cérebro. Depois, procurando um local. Finalmente embalando as tralhas e transportando-as, construindo lentamente a nova morada. Por este motivo, estive ausente dos comentários nesta época. Obrigado pela partilha, Santiago.
ResponderEliminar