sábado, 26 de março de 2016

KEITH HARING EM SERPA

Quinta à tarde foi dia de ir a Serpa, à inauguração do novo museu arqueológico. E de dar um abraço de parabéns ao meu colega e camarada Tomé Pires e aos colegas da vereação. É uma intervenção que vem dar nova vida à alcáçova, dez anos depois do espaço ter sido encerrado ao público. Uma intervenção interessante e que enquadra bem a história do concelho. Foi uma tarde de surpresas. Permitiu-me conhecer pessoalmente o arq. Alberto de Souza Oliveira (cuja obra admiro - v. aqui). Soube, depois de uma breve conversa com ele, que elaborou um nunca concretizado projeto para Moura, nos anos 70. Prometeu que me enviaria alguns desenhos, para uma exposição que o meu amigo João Catarrunas tem em preparação. Deparei, em pleno museu, com mais uma peça, que julgava desaparecida, referente à Ecclesia Santa Maria Lacantensia, o sítio religioso que explica o nome de Moura na Alta Idade Média (v. aqui). Fui celebrar condigna e intimamente o facto, noite dentro, Salúquia fora, com dois amigos de longa data.

Punch-line: no pátio da alcáçova, um cimácio da Antiguidade Tardia apresentava caprichosos, e algo toscos, desenhos vegetalistas, sugerindo folhas. Na realidade, a primeira evocação foi a de Keith Haring, o que não é uma coisa inédita, uma vez que já antes o "referenciara" na Amareleja (v. aqui)


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