quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

A PROPÓSITO DE PAULO MACEDO

Conheço Paulo Macedo desde outubro de 1976. Somos amigos desde então. Já sobre ele escrevi um artigo no jornal "A Planície" (v. aqui).

Foi meu assistente de realização numa curta-metragem da qual não rezará a História. Um trabalho feito com amor e entusiasmo. Ao longo de décadas fomo-nos encontrando de forma irregular. Como acontece nas amizades antigas, a conversa recomeça sempre no ponto em que ficáramos.

Discordamos seriamente em muitas coisas, a começar pelos temas políticos. Como é óbvio. Pois, mas a Amizade vale mais. Continuo a achar que fez um trabalho sério à frente da Saúde, a despeito de todas as decisões que mereceram a minha oposição. Curiosamente, do combate às farmacêuticas pouco se falou...

Li com tristeza as infames notícias de hoje, que procuram atingi-lo. De uma coisa tenho a certeza: é alguém que não pressiona, não faz fretes, não admite cunhas, nem favorece amigos. Constato, há mais de 40 anos, que é de uma ética inabalável. Tentativas de tosca vingança, como a que hoje se esboçou, irão parar ao local que merecem: o caixote do lixo. 

1 comentário:

  1. Estou nos antípodas políticos de Paulo Macedo, sempre achei, e escrevi, que teve uma excelente imprensa enquanto ministro da Saúde. Dito isto, reconheço-lhe qualidades técnicas inquestionáveis e sempre me contaram, pessoas próximas, traços de caráter irrepreensíveis. Quanto a este tipo de cobardolas, que se calam na altura dos acontecimentos para depois encherem o peito de ar em alturas oportunas, quais galaricós, para safar a pele merecem-me a consideração de um verme. Nojo.

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