Conheço Paulo Macedo desde outubro de 1976. Somos amigos desde então. Já sobre ele escrevi um artigo no jornal "A Planície" (v. aqui).
Foi meu assistente de realização numa curta-metragem da qual não rezará a História. Um trabalho feito com amor e entusiasmo. Ao longo de décadas fomo-nos encontrando de forma irregular. Como acontece nas amizades antigas, a conversa recomeça sempre no ponto em que ficáramos.
Discordamos seriamente em muitas coisas, a começar pelos temas políticos. Como é óbvio. Pois, mas a Amizade vale mais. Continuo a achar que fez um trabalho sério à frente da Saúde, a despeito de todas as decisões que mereceram a minha oposição. Curiosamente, do combate às farmacêuticas pouco se falou...
Li com tristeza as infames notícias de hoje, que procuram atingi-lo. De uma coisa tenho a certeza: é alguém que não pressiona, não faz fretes, não admite cunhas, nem favorece amigos. Constato, há mais de 40 anos, que é de uma ética inabalável. Tentativas de tosca vingança, como a que hoje se esboçou, irão parar ao local que merecem: o caixote do lixo.
Estou nos antípodas políticos de Paulo Macedo, sempre achei, e escrevi, que teve uma excelente imprensa enquanto ministro da Saúde. Dito isto, reconheço-lhe qualidades técnicas inquestionáveis e sempre me contaram, pessoas próximas, traços de caráter irrepreensíveis. Quanto a este tipo de cobardolas, que se calam na altura dos acontecimentos para depois encherem o peito de ar em alturas oportunas, quais galaricós, para safar a pele merecem-me a consideração de um verme. Nojo.
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