sábado, 4 de março de 2017

QUAL A MOURA QUE QUEREMOS? - nº 6

Quando esta obra estava em curso, "ouvi das boas": deram cabo do bairro, onde é que isto já se viu?, estão a destruir a Mouraria etc...

A renovação do espaço público deste conjunto classificado foi tudo menos pacífica. Todas as mudanças são suscetíveis de causar polémica, conforme já aqui disse. Todas, sem exceção. Em determinada altura chegaram a dizer-me (era eu vereador) que a intervenção na Mouraria era tecnicamente impossível de ser concretizada. A vereação fez ouvidos de mercador e o processo seguir em frente. Ainda hoje rio muito quando me recordo desse episódio...

A pergunta que lancei há algum tempo, e que repito constantemente, foi: que Moura queremos? estamos dispostos a investir tempo e dinheiro numa outra imagem de cidade? Repito o que há semanas escrevi algures: governar implica determinação, a procura de soluções e coragem. Não se anda ao sabor das marés nem ao jeito do vento que sopra. O tempo dirá quem tem razão. E o tempo, também, separará o trigo do joio. O que se tem tentado fazer implica conhecimento e não apenas opiniões. É tão simples quanto isso.

O projeto de Pedro Guilherme e Sofia Salema foi um sucesso. Porque tem qualidade mas, tão ou mais importante que isso, porque foi adotado pelos habitantes da Mouraria, que olham para o seu bairro com renovado e justificado orgulho.

A intervenção na Mouraria recebeu duas importantes distinções:

Prémios do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, na variante “Reabilitação de Espaços Públicos"
Prémio Turismo do Alentejo, na categoria "Projeto Público"

Custo da intervenção na Mouraria - 371.172,99 €
Financiamento FEDER - 315.497,04  (85 %)
Financiamento Câmara Municipal de Moura - 55.675,95  (15 %)


Estava melhor assim?


Ou será que é bem melhor assim?


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