segunda-feira, 13 de março de 2017

VII


Gozo VII

São as tuas nádegas
na curva dos meus dedos

as tuas pernas
atentas e curvadas

O cravo – o crivo
sabor da madrugada
no manso odor do mar das tuas
espáduas

E se soergo com as mãos
as tuas coxas
e acerto o corpo no calor
das vagas

logo me vergas

e és tu então
que tens os dedos
agora
em minha nádegas

O que tem o poema a ver com esta imagem feita em Lausanne com um telemóvel? Nada, rigorosamente nada. Mas nem tudo tem que ter a ver com outras coisas... Gosto muito da poesia erótica de Maria Teresa Horta. E a fotografia não é má de todo.

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