quinta-feira, 14 de setembro de 2017

NA CHAPELARIA


A pessoa que me ofereceu o livro ficou surpreendida por eu conhecer Paul Strand (1890-1976). Mais ainda por Strand ser um dos meus preferidos. Lá expliquei que fazia fotografia como esforçado amador e que fazia muitas pesquisas. A minha interlocutora não ficou lá muito convencida. O episódio passou-se em Providence, em 2004. Eu não era autarca e, na altura, viajava com regularidade. Aquela série de conferências, East Coast fora, ficaria nas minhas recordações mais inapagáveis, mas não por causa de Paul Strand.

Regresso ao fotógrafo e a esta bela imagem de uma fábrica de chapéus em Luzzara, datada de 1953. Com a idade passei a usar chapéus. Comprei um panamá na Azevedo Rua, o que me valeu piadas ferozes de um amigo de direita. A meio da minha década de 50 protegerei o cabelo branco com um chapéu preto de feltro de abas largas.

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