domingo, 14 de janeiro de 2018

JUAN CINZA

Borsalinando... Há muitos anos estive em Alessandria. Passei à porta da Casa Borsalino, a mítica fábrica de chapéus fundada em 1857. Comprar um era coisa impensável. Não tinha idade para usar chapéu e, sobretudo, os ditos andam, no mínimo, pelos 400 euros...

Os anos passaram e agora já posso usar adereços de homem de meia-idade. Como chapéu e gabardine. Na realidade, o que se chama normalmente de borsalino é um fedora. Um chapéu da abas largas, que tem causado o gáudio dos meus colegas na Câmara de Mértola. Os epítetos oscilam entre Al Capone e Fernando Pessoa.

Lembrei-me de O meu chapéu cinzento, de Olivier Rolin. E do cruzamento para a Corte João Cinza. Mas o modelo Juan Cinza foi comprado porque sim.

A que propósito vem o texto? Por nenhuma razão. Só porque sim. O poema My Hat foi escrito há 20 anos, por Tony Mitton.


MY HAT
Here’s my hat.
It holds my head,
the thoughts I’ve had
and the things I’ve read.

It keeps out the wind.
It keeps off the rain.
It hugs my hair
and warms my brain.

There’s me below it,
the sky above it.
It’s my lid.
And I love it.


Ver:
http://www.borsalino.com/en/home
http://www.afabricadoschapeus.com


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