Foi com enorme prazer que tomei conhecimento desta iniciativa, publicitada no site e na página do facebook do Campo Arqueológico de Mértola. Participei, pela primeira vez, numa campanha de escavações arqueológicas em Mértola em setembro de 1983. Já lá vão quase 35 anos. Estive, até 2005, em todos os seus principais projetos. Depois disso, e até 2012, ainda me comprometi em iniciativas como Discover Islamic Art e O sul entre Roma e o Islão. Grande parte da minha vida foi no CAM e com o CAM. A partir de 2012, fui saindo de uma presença mais ativa, em smorzando. Sem mágoas nem ressentimentos nem nada. Apenas uma outra fase da vida. Devo à participação neste projeto, ao Cláudio Torres antes de mais, alguns dos melhores momentos da minha vida profissional. Seria horrível pensar ou dizer o contrário. Por isso, estarei sempre ali, mesmo sem estar.
Foi com uma ponta de angústia que recebi há semanas, um convite da revista Monumentos, editada pela Direção-Geral do Património Cultural. Há um número especial em preparação, sobre Mértola. Que me solicitaram? Dois textos, um deles sobre a memória do CAM. Ora bolas, não pude deixar de pensar. É tramado quando começamos a ser parte da memória viva de um sítio. É bom que reconheça que estou mais velho do que gostaria. Participarei na revista, claro. E estarei no encontro. Estarei sempre, mesmo quando já não estiver.
Ver:
http://www.camertola.pt
A minha admiração pelo vosso trabalho e o convite para frequentar o inesquecível Mestrado "Portugal Islâmico e o Mediterrâneo", que me endereçaste fizeram com que o CAM faça também parte das minhas melhores memórias. Rejuvenesci, em Mértola, convivendo com jovens de muito talento e professores de geografias e saberes enriquecedores. Parabéns e obrigado por tudo!
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