segunda-feira, 5 de março de 2018

UMA PASSAGEM NO ARDILA

Esta fotografia foi, ontem, colocada no facebook pelo meu amigo Francisco Coelho, de Santo Amador. O Ardila levava água, como poucas vezes tem sucedido, em anos recentes.

Este local simboliza bem uma das frustrações maiores da minha carreira de autarca. A estrada municipal 517, que passa por Santo Amador e dá acesso à Póvoa e à Amareleja, cruza o Ardila. O Ardila, com o seu típico curso sub-tropical, tem prolongados períodos de estiagem. Pode atravessar-se sem dificuldade. Que era necessário fazer? Era necessário criar um ponto de passagem. Uma ponte estava fora de questão. Os custos era elevadíssimos. A alternativa era/foi uma passagem submersível. O projeto foi desenvolvido em 2008/2009. O processo nem foi muito demorado. Recordo-me que o escolho principal foi de ordem ambiental. Quando o projeto da passagem submersível obteve a respetiva licença, da ARH, era demasiado tarde. Tinha-se instalado a crise e o custo da obra (c. 370.000 euros) tornava-a uma impossibilidade. Um projeto de gosto amargo. À semelhança de outros. Não muitos, felizmente.


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