domingo, 31 de março de 2019

REVIVENDO O PASSADO, EM ALMONASTER LA REAL

Ir a Paymogo era uma aventura. Hoje, são cerca de 70 quilómetros entre Moura e Paymogo. Em 1973, não era assim... Do Rosal ia-se até Cortegana, depois a Almonaster la Real, depois, serra dentro, até Valdelamusa. De seguida Cabezas Rubias, em direção a Puebla de Guzmán (onde o carocha amarelo fez, uma vez, sensação, comentavam uns miúdos "mira qué coche tan bonito...", que os VW eram uma raridade na Espanha franquista). Chegava-se a Paymogo depois de uns longos, lentos e penosos 170 quilómetros.

Ontem, a caminho de Aracena, decidi-me por um desvio a Almonaster. Há muito tempo que não visitava a mesquita. Resolvi fotografar o mihrab, para um livro em fase final de produção. Já tenho fotografias de sobra, "pero nunca se sabe..."

De Almonaster tenho sempre presentes as recordações das árvores ao longo da estrada, do ar fresck da serra, do castillo e da placa toponímica. Que teve, até final da década de 70, o símbolo da falange, bem visível à entrada "del pueblo".

Aracena continua bonita, Almonaster está no seu sossego serrano. A falange é, deo gratias, uma recordação mais que arqueológica.


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