quarta-feira, 3 de abril de 2019

O SINO E O ALMUÉDÃO

Escrevia Ibn Abdun, no início do século XII: "deve suprimir-se em território muçulmano o toque dos sinos, que apenas deverá soar na terra dos infiéis". Os sinos tornaram-se objeto de razia. Al-Mansur roubou os da catedral, quando saqueou Santiago de Compostela. Outros, igualmente retirados de igrejas, foram transformados em lampadários e estão há muito na marroquina mesquita de al-Qarawiyyin, em Fez.

O conflito entre religiões, o som e a fúria de ambas (se assim posso dizer) foi outra forma de guerra. É esse o ponto de partida para um livro que verá a luz do dia dentre de mês e meio.


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