sábado, 19 de outubro de 2019

HIPÓCRATES DESONRADO

O juramento não é obrigatório, mas faz parte da tradição da classe médica. É dito de Hipócrates, em homenagem a um dos pais da Medicina, que viveu na Grécia entre 460 e 370 a.C.. Tem sido sucessivamente atualizado, de acordo com os tempos em que se vive. A última versão data de 2017.

COMO MEMBRO DA PROFISSÃO MÉDICA:
PROMETO SOLENEMENTE consagrar a minha vida ao serviço da humanidade;
A SAÚDE E O BEM-ESTAR DO MEU DOENTE serão as minhas primeiras preocupações;
RESPEITAREI a autonomia e a dignidade do meu doente;
GUARDAREI o máximo respeito pela vida humana;
NÃO PERMITIREI que considerações sobre idade, doença ou deficiência, crença religiosa, origem étnica, sexo, nacionalidade, filiação política, raça, orientação sexual, estatuto social ou qualquer outro fator se interponham entre o meu dever e o meu doente;
RESPEITAREI os segredos que me forem confiados, mesmo após a morte do doente;
EXERCEREI a minha profissão com consciência e dignidade e de acordo com as boas práticas médicas;
FOMENTAREI a honra e as nobres tradições da profissão médica;
GUARDAREI respeito e gratidão aos meus mestres, colegas e alunos pelo que lhes é devido;
PARTILHAREI os meus conhecimentos médicos em benefício dos doentes e da melhoria dos cuidados de saúde;
CUIDAREI da minha saúde, bem-estar e capacidades para prestar cuidados da maior qualidade;
NÃO USAREI os meus conhecimentos médicos para violar direitos humanos e liberdades civis, mesmo sob ameaça;
FAÇO ESTAS PROMESSAS solenemente, livremente e sob palavra de honra.

Posto isto, cabe perguntar a quem faz este juramento como é que permite que uma família aguarde três dias para que se faça uma autópsia e se prestem as últimas homenagens a alguém que partiu deste mundo. Em que escola de humanidade, ou de arrogância, foram treinados?

Hipócrates, numa miniatura bizantina do século XIV

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