segunda-feira, 14 de outubro de 2019

JARDIM DA IGREJA

Passei o dia com a palavra igreja ecoando. Ora era a Sé de Lisboa e os 29 passos da minha via crucis privada, ora se me cruzavam na escrita os que se converteram ao Islão, mas tinham origem cristã (os muwalladun da nossa Idade Média meridional). Acabei lendo o poema Jardim da igreja, de Cecília Meireles, e vendo a Torre da igreja de Domburg, de Mondrian. Para fauvismo, todo aquele ambiente é de uma enorme placidez. O que ajudou a desenlear o trabalho, valha a verdade.


Dalila e Lélia,
e Júlia e Eulália
cortavam dálias.

Dalila e Lélia,
Eulália e Júlia
cantavam dúlias.

Dálias e dúlias
e harpas eólias...

E a alada lua
-- alta camélia?
-- célia magnólia?

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