Luís Raposo, Presidente do ICOM - Europa, publicou na sexta-feira um importante texto no PÚBLICO. Um excerto que me parece especialmente relevante:
Maria Vlachou, gestora e comunicadora cultural, com mestrado em marketing de museus, considerou ser nas direcções dos museus que está o mal que os condena ao elitismo, dado que elas se dedicam sobretudo “ao estudo e preservação das colecções” e “não apresentam uma visão de futuro, não se vêem como fazendo parte da infra-estrutura educativa e cultural do país, não assumem um verdadeiro compromisso com toda a sociedade” (Público, 21 de setembro de 2019). Noutras ocasiões, acrescentou que as tradicionais formações em domínios que habilitem a saber interrogar as colecções de cada museu devem ser consideradas acessórias, sendo principal a que ela mesma protagoniza, a de gestão cultural. Importa dizer claramente dito que se trata de uma total inversão de prioridades, a que se opõem os representantes dos profissionais de museus portugueses, tanto o ICOM Portugal como a APOM (esta ainda mais vivamente).
Depois deste texto ter sido publicado houve lugar a uma troca de opiniões entre o autor do artigo e Maria Vlachou. Devo dizer que estou alinhado com as posições de Luís Raposo. Deve ser a minha faceta conservadora. Literalmente falando.
Texto completo - https://www.publico.pt/2019/10/05/culturaipsilon/opiniao/nova-geracao-directoras-directores-museus-1888445
Maria Vlachou, gestora e comunicadora cultural, com mestrado em marketing de museus, considerou ser nas direcções dos museus que está o mal que os condena ao elitismo, dado que elas se dedicam sobretudo “ao estudo e preservação das colecções” e “não apresentam uma visão de futuro, não se vêem como fazendo parte da infra-estrutura educativa e cultural do país, não assumem um verdadeiro compromisso com toda a sociedade” (Público, 21 de setembro de 2019). Noutras ocasiões, acrescentou que as tradicionais formações em domínios que habilitem a saber interrogar as colecções de cada museu devem ser consideradas acessórias, sendo principal a que ela mesma protagoniza, a de gestão cultural. Importa dizer claramente dito que se trata de uma total inversão de prioridades, a que se opõem os representantes dos profissionais de museus portugueses, tanto o ICOM Portugal como a APOM (esta ainda mais vivamente).
Depois deste texto ter sido publicado houve lugar a uma troca de opiniões entre o autor do artigo e Maria Vlachou. Devo dizer que estou alinhado com as posições de Luís Raposo. Deve ser a minha faceta conservadora. Literalmente falando.
Texto completo - https://www.publico.pt/2019/10/05/culturaipsilon/opiniao/nova-geracao-directoras-directores-museus-1888445
É difícil discordar da autora do comentário. Continuar a privilegiar o depósito de obras a que poucos tem acesso, o tal elitismo, é condenar à morte os museus e desvalorizar a 2 ª e tão importante missão como a anterior: a difusão do conhecimento cultural pelas mais amplas camadas da sociedade. Diz bem que a outra opinião é conservadora.
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