sexta-feira, 29 de novembro de 2019

TODO O OURO DE ÁLVARO PIRES DE ÉVORA

Só as palavras BIZÂNCIO e OURIVESARIA me soavam, à medida que ia percorrendo as salas do Museu Nacional de Arte Antiga. A exposição é magnífica, com uma montagem que é, como sempre, irrepreensível. Imagens e espaços devidamente contextualizados, numa explicação clara de como o percurso se foi construindo. Não pude deixar de comentar, para uma amiga, jornalista do "Público", que dava a ideia que Álvaro Pires de Évora tinha perdido o combóio do Renascimento e tomara um pouco o caminho de um passado que terminava ali. A resposta foi curiosa "sabes lá se ele não tinha consciência disso mesmo e quis ficar assim e não tomar outro rumo; provavelmente dava-lhe prazer fazer as coisas daquela maneira". Provavelmente, sim.

No final, encontrei um manifestamente feliz, e bem mais descontraído, Joaquim Caetano. Fez uma observação rápida "já viste que a fasquia está alta". Claro que sim, constatei. Ou seja, a próxima exposição, que comissariaremos, mano-a-mano, tem agora mais essa responsabilidade. Na próxima segunda-feira, ao final da manhã, retomaremos o dossiê. Que já vai avançado. Mas que não se pode atrasar. Maio de 2020 é já ali.

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