sábado, 14 de dezembro de 2019

FOGE CÃO...

Recordando um dito oitocentista: "foge cão, que te fazem barão; para onde ? se me fazem visconde". A banalização das coisas dá nisto e o desinteresse - nem hostilidade, nem sobranceria, nem despeito, nada disso - que sinto em relação a classificações como "património da humanidade" não podia ser maior. Já estive em sítios que são uma fraude (Taos, no Novo México, é o mais radical exemplo). E que, tendo em conta o contexto que lhes deu o título, já deviam estar há muito a "jogar nos distritais".

Recentemente, veio mais uma revoada de classificações. OK, muito bem, nada acrescentam a coisa nenhuma. Representam momentâneos sucessos políticos. Alguma auto-estima, também. Uma maior visibilidade, seja lá isso o que for. Haverá casos em que o valor do património vai perdurar. Noutros, vai-se taoizar.

O meu caminho não é esse, nada mais.


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