"Isto" vai piorar, sem dúvida. À boa maneira portuguesa, passámos do 80 ao 8. Da perfeição e do exemplo à quase-catástrofe. Uma maneira muito nossa de viver a vida. Olho a situação com prudência e com cuidado. Com preocupação e, enquanto cidadão, com determinação e com a confiança possível.
Mais do que nunca, vamos precisar do Serviço Nacional de Saúde. De um serviço público e ao serviço de todos.
Há tempos, um amigo meu sofreu uma lesão grave. A intervenção, num hospital público, custou zero. Nos Estados Unidos, ou tinha um seguro se saúde que cobrisse os 50.000 euros que a intervenção custa ou ficava à porta do hospital.
O Serviço Nacional de Saúde não é nenhuma perfeição. Mas, por vontade da direita, nem sequer teria existido. Nos Estados Unidos, as famílias arruinam-se para enviarem os filhos estudar nas universidades (privadas), onde as propinas andam na ordem dos 65.000 dólares por ano. Ou seja, a "reversão" é feita, mas para os bancos. Em Porugal formam-se médicos de topo, a expensas do erário público, por menos de 900 euros por ano. Deve impor-se uma "fixação" ao Estado? De forma irrefletida, nem pensar. Mas deveria haver uma contratualização e uma obrigação social por parte dos jovens estudantes? A meu ver, sim. Nesse e em todos os cursos. Ou o Estado só serve para formações de qualidade com custos que só pesam na bolsa dos mais desfavorecidos?
Que Rui Ramos, cada vez mais radical e fanatizado, ataque a ideia é bom sinal. Alguma virtude a ideia deve ter.
Que Rui Ramos, cada vez mais radical e fanatizado, ataque a ideia é bom sinal. Alguma virtude a ideia deve ter.
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