sábado, 11 de janeiro de 2020

ARBITRAGEM CIENTÍFICA

Como tantas vezes ouço dizer na minha terra "não há coisa que se pague mais depressa que a semente da língua". Estou sempre a reclamar contra as arbitragens científicas, várias vezes recusei alterar textos para ir de encontro à vontade dos referees, naquela do "querem publicar, publiquem; não querem, não me chateiem". Ultimamente, adotei o princípio de publicar por minha conta, como quero e onde quero. Sem certificações, e porque já não tenho idade para aturar parvoíces e modas anglo-saxónicas. E jurei "nada de arbitragens". Mal tinha acabado de o dizer, cai-me em cima um pedido de uma instituição espanhola. Que precisavam que eu avaliasse um texto para publicação etc. Aceitei. Porque houve uma razão inconfessável, mas aceitei.

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