Não recordo exatamente quando vi este filme de Abbas Kiarostami. Lembro-me de ter sido na televisão. Tal como me lembro do profundo desconforto com que segui o filme. O documentário, rodado no início de 1988 e distribuído no ano seguinte, é constituído por uma série de entrevistas a garotos de uma escola primária. O entrevistador é o próprio Kiarostami. Cumpre a tarefa com rigor geométrico. É um entrevistador frio, distante, que não procura qualquer empatia. Chega a ser violento, a roçar a brutalidade. O resultado é um filme maravilhoso, podendo questionar-se, bem entendido, o método seguido por Kiarostami. Veja-se este excerto. Filme de domingo, dia de trabalho em casa, agora que tanto se fala no Irão.
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