quinta-feira, 18 de junho de 2020

ENIGMA TOPOGRÁFICO-POLÍTICO, EM OLHÃO

Ontem, a meio da tarde, precisei de uma indicação para encontrar um determinado edifício, em Olhão. Esquecera-me do telemóvel no carro e orientava-me só pelo faro. A rua estava quase deserta. Só um homem à vista. Cumprimentei e perguntei. Solícito, informou "é muito perto; segue em frente e, no cruzamento onde está a loja xis, vira à direita". E abanou, energicamente, a mão esquerda. Intrigado, sugeri "não será à esquerda?". Olhou-me, surpreso, "esta é a esquerda?". Confirmei. Respondeu "ok, então vira à esquerda". Consegui, com um esforço homérico, ficar sério como um cardeal.

O edifício era perto. Fotografei e voltei para o carro.

Fiquei na dúvida. Ou tinha encontrado o maluco oficial de Olhão (todas as terras pequenas têm um) ou dera de caras com mais um que daqueles que confunde, a todos os títulos, esquerda e direita.

1 comentário:

  1. Moral da história: em Olhão, nunca se deixe orientar pelo Faro, dada a tradicional rivalidade entre as duas localidades.

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