sexta-feira, 11 de setembro de 2020

STARDUST MEMORIES Nº. 41: ESTRADAS DE PARALELOS

Estava mais que convencido que os paralelepípedos em granito estavam já só reservados a arranjos nas áreas urbanas. Ao sair da Golegã, em direção a Santarém, fui "acordado" pelo som inconfundível dos pneus a trepidar nos "paralelos". Ao longo de umas centenas de metros na Nacional 365 regressei a um passado já razoavelmente distante. Quando muitas estradas no nosso país eram assim. Haverá, seguramente, mais troços.

As estradas tornavam as viagens ruidosas - entre Reguengos e Évora era quase impossível falar - e o meu pai reclamava que aquilo dava cabo da suspensão do carro. Mas que me soube bem aquele regresso ao passado, por entre o calor da tarde e a perspetiva de uma jornada ainda longe de terminar, lá isso soube.





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