No dia 7 de setembro de 2017, no final do anterior mandato autárquico, foi aprovado um investimento de 2.770.000 euros para o antigo grémio da lavoura.
O financiamento comunitário seria de 85%. Concluía-se assim um longo processo, começado em 1999, com a CDU na Câmara. Era intenção aí instalar um Centro Documental da Oliveira.
De que se tratava? De juntar num mesmo local os serviços da Biblioteca Municipal, um centro de documentação (tirando partido da realização da Olivomoura e da atribuição de um prémio académico, hoje extinto, destinado a reconhecer o mérito de investigações em torno da olivicultura.
Tirava-se partido da ligação ao Jardim das Oliveiras e ao Lagar de Varas. Não estava excluída a possibilidade de outros equipamentos camarários (a Universidade Sénior e a própria Ludoteca) poderem ocupar parte do edifício.
Era um projeto de fôlego e que tinha todas as condições para vingar. Assim houvesse vontade e engenho.
Depois disso, em 2018, o atual executivo resolveu anular essa intenção ficando-se apenas pelo arranjo da cobertura e da fachada. Ou seja, muito pouco tendo em conta o potencial do edifício. A falta de ambição e a falta de visão tornaram um projeto de fôlego num arranjo de telhado e de fachada. É curto e é pouco.
Falta referir que esta obra estava prevista para 180 dias e acabou por demorar quase 2 anos.
Moura merece (muito) mais.
(Da página da CDU Moura no Facebook)
Perguntaram a Edmund Hillary porque tinha querido chegar ao cume do Everest. A resposta foi simples e direta: porque estava lá. Uma parte importante do que queremos fazer na vida prende-se com o estabelecimento de metas e com a forma de lá chegar. Com o chegar lá. Se as metas forem curtas e a fasquia baixa, tudo é mais fácil.
Transformar a renovação total de um edifício num arranjo de cobertura e de fachada é, como diria António Costa, muito poucochinho.
Assim vai Moura, de Vento em Pôpa !
ResponderEliminarOnde anda o tal Entre as Águas ?