A minha avó Luzia estava num estado de saúde cada vez mais débil e fomos passar o Natal a Madrid. Terei estado no sítio - na esquina com a Calle Maldonado, a pouco mais de dois quilómetros da casa da minha avó - no dia 21 ou 22, isso já não sei dizer. De que me recordo? Da coroa de flores à beira da cratera, que já estava sem água; dos vidros partidos em todas as janelas em volta; do traço vermelho na parede que assinalava o ponto em que o carro iria passar e a explosão se deveria produzir.
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