Foi em 2001, num colóquio no CCB. Um toque no ombro e a pergunta "tu é que és o Santiago Macias?". Aquela cara, de ar simpático e descontraído, lembrava-me alguém, mas não consegui situar-me. Respondi, lembro-me das palavras exatas "sou pois! e tu quem és?". Estendeu-me a mão "Fernando Venâncio, sou de Mértola". Aí sim, o nome era-me familiar da crítica literária e, pois claro!, ele era parecedíssimo com o sr. André Venâncio, um senhor muito cordial com quem me cruzei inúmeras vezes nas ruas da vila.
Achei curioso que tivesse querido voltar à terra natal, depois de uma longa ausência na Holanda, onde fez vida e carreira. Falei com ele muitas vezes ao longo de vinte anos. Ainda tive oportunidade de o felicitar pelo seu extraordinário ensaio "Assim nasceu uma língua". Pessoas como o Fernando fazem tanta falta, caramba!
Hoje de manhã, melancolicamente, apaguei o número do Fernando da minha lista. Um hábito antigo, quando um amigo desparece.
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