sábado, 3 de maio de 2025

MINUTO DE SILÊNCIO

O recente apagão trouxe-me à memória um episódio ocorrido há uns bons 25 anos, numa sessão da Assembleia Municipal. Faltara a luz em todo o sul, e havia uma sessão nessa noite, na Casa do Povo da Amareleja. Cheguei ao local com poucas esperanças de que houvesse sessão. "Como é que isto vai ser?", perguntei-me. A dúvida durou pouco, quando vi um decidido José Maria Pós-de-Mina carregar um caixote com velas. A sessão da Assembleia ia ser à luz da vela! Uma solução pouco habitual, mas assim seria.

Tinha falecido por aqueles dias um conhecido político, pelo que foi proposto um minuto de silêncio no início da sessão começar. Toda a gente se levantou, enquanto eu, como presidente do órgão, controlava o tempo.

Mal me sentei, recebi uma SMS do presidente da câmara, que dizia algo como: "isto foi um bocado caricato; quem entrasse e nos visse de pé, em silêncio, numa sala iluminada por velas, pensaria que estava a decorrer algum tipo de ritual esotérico".

Memórias da vida autárquica...


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