no mar de arzila
namorei
teus olhos
no mar de arzila
uma voz antiga
tangia
a claridade
dobava o musgo
das pedras
adormecendo
no mar de arzila
havia o meu canto
recluso
do teu canto
gaivota gaivota
e nas praças
o tempo
renascera
no mar de arzila
namorei
teus olhos
no mar de arzila
O poema é de José Manuel Mendes (n. 1948). Ouvi-o na Antena 1, dito talvez por Luís Lima Barreto. É fácil lembrar-mo-nos do Mar de Arzila e dos olhos que vimos junto ao Mar de Arzila. E dos olhos que, às vezes, namoramos. O olhar desta mulher - amanhã direi quem é - ilustra bem esse cruzar de olhares. E a atracção pelo desconhecido.
Um olhar vale mais que mil palavras...
ResponderEliminar"Azuis" castanhos ou verdes, não interessa, são muitas vezes eles que nos dizem aquilo que as palavras nunca dirão.
Só não percebi as aspas nos "azuis"...
ResponderEliminarSe quiser eu posso explicar-lhe...
ResponderEliminarFaça favor. A curiosidade é um dos meus pecados capitais.
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