Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...
Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...
E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.
Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...
O poema é do brasileiro Mário Quintana (1906-1994), as imagens são um excerto do filme Morangos Silvestres de Ingmar Bergman (1918-2007). A poesia, quase sempre solar e directa, de Mário Quintana foi uma descoberta recente para mim. Já o filme de Bergman é uma velha obsessão, pela sua crua perspectiva do tempo que corre. E por estar pontuado de um onirismo que se mistura sempre com uma dolorosa revisão dos dias idos.
O poema é do brasileiro Mário Quintana (1906-1994), as imagens são um excerto do filme Morangos Silvestres de Ingmar Bergman (1918-2007). A poesia, quase sempre solar e directa, de Mário Quintana foi uma descoberta recente para mim. Já o filme de Bergman é uma velha obsessão, pela sua crua perspectiva do tempo que corre. E por estar pontuado de um onirismo que se mistura sempre com uma dolorosa revisão dos dias idos.
Há dias assim contraditórios, entre o Sol e a Lua. Ou entre a claridade da vida e a penumbra do tempo que passa.
Há dias assim....
ResponderEliminarPalavras tão bonitas mas tristes as suas. Não percebo, o porquê de tanta tristeza.
O Homem, não tem uma resposta científica que explique os sentimentos (amor/ódio, tristeza/alegria, etc.).
ResponderEliminarDesta forma, alguns combatem-nos com a ingestão; de álcool, drogas etc.
Outros encontram na poesia o refúgio para o equilíbrio emocional. E há tantas formas de lidar com os sentimentos, sendo que uma delas, a mais extrema e trágica, que nem tão poucas vezes acontece, é o suicídio. Penso que uma boa base de leitura, sobretudo a ligada ao mundo espiritual, ajuda bastante na compreensão de determinados sentimentos.
Ainda assim, por maior ou menor compreensão que posamos acerca dos sentimentos, eles serão sempre “intangíveis”.