Ao referir ontem a arqueta islâmica do Museu de Moura, evoquei, de forma breve, a internacionalização da peça, que participou numa exposição montada no Outono de 2007 no Rio de Janeiro: Lusa - a matriz portuguesa. O local - a Fundação do Banco do Brazil, bem perto da igreja da Candelária - era excepcional, tal como o era a excepcional concepção que o produtor Marcello Dantas criou para aquele espaço. Havia locais com cheiros levados para Portugal com os Descobrimentos, havia uma gigantesca cama de sons, onde muitas pessoas se deitavam ao mesmo tempo para ouvirem os sons que vinham debaixo do estrado. A exposição ocupava os vários pisos da antiga sede do banco e incluía um autêntico best of da arqueologia e da arte portuguesas. Em termos pessoais coube-me o comissariado de um sector e a colaboração noutro. Poucos projectos me deram tanto prazer como esse, devo confessar, sobretudo pelo enorme privilégio de trabalhar com pessoas de quem gosto.
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Lusa - a matriz portuguesa foi um colossal sucesso de público, tendo chegado, só no Rio de Janeiro (foi também apresentada em versão reduzida em São Paulo e em Brasília), quase a um milhão (!) de visitantes.
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Fachada da exposição
A cama dos sons
O sector islâmico
Explicando ao embaixador Francisco Seixas da Costa a forma como, no período islâmico, se apagavam adversários eliminando os seus nomes nas lápides. Velhas tradições...
Sobre o trabalho do produtor Marcello Dantas veja-se:
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